Guararema

Reforma administrativa em Guararema tem início no dia 4 de janeiro

Júlia Andrade

Publicado

há 3 anos

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Uma das primeiras medidas da nova gestão em Guararema será a reforma administrativa, esse ato gerará impactos na cidade como explica o prefeito, José Luiz Freire, que concedeu uma entrevista exclusiva neste sábado (02) para o O Novo.

Alguns dos principais fatores para a reforma, de acordo com Zé, é pela economia, seguido do embate da pandemia, além de uma determinação do ministério público em diminuir cargos comissionados e por último pela possível perda de royalties da Petrobras, que representa 30% da receita municipal. Essa não é uma ordem feita por relevância.

Para o prefeito a ação apesar de não ser a primeira opção é muito significativa, pois só assim será possível manter o padrão de qualidade nos serviços, além de ser de extrema importância para concretização de obras na cidade, como o Hospital Municipal, tão sonhado pelos guararemenses.

Essa atividade terá início no dia 4 de janeiro e extinguirá muitas funções. Será um trabalho conjunto que suspenderá por 180 dias inúmeros cargos em comissão de funcionários concursados, e durante 6 será feita uma reavaliação do quadro, para saber se alguma ocupação deverá ser retomada. O executivo também compara a situação como a de uma empresa e complementa: "Infelizmente não há como fazermos uma reforma sem o desligamento de serviços, é como uma empresa ou próprio setor público, havendo a necessidade é preciso fazer cortes."

O levantamento da quantidade de pessoas que serão desligadas sairá amanhã, dia 03, e tudo dependerá do equilíbrio financeiro que a prefeitura precisa obter. Uma programação para segurança econômica da cidade será realizada pelo próprio órgão e com um profissional especializado na área.

Zé ressalta o trabalho assíduo que o ex-prefeito, Adriano Leite, desenvolveu na cidade “Desde 2016, o ex-prefeito Adriano vem tomando uma série de medidas para equacionar essa questão econômica de Guararema. Tais como, renegociação de contrato, porque desde aquela época, uma crise financeira começou a assolar o Brasil e o mundo, e agora temos uma pandemia que gerou uma crise sem precedentes”, ele ainda explica que agora chegou no limite do que poderia ser feito e por mais difícil que seja é a melhor opção.

Acerca dos royalties o arquiteto explicou a importância e a dificuldade de trazer e manter o benefício na cidade “Nos últimos 15 anos muita coisa boa foi feita com os royalties. Vou te dar como exemplo, a educação de Guararema. Mas não é fácil manter, desde a gestão dos ex-prefeitos, Márcio Alvino (PL) e André do Prado (PL), uma verdadeira batalha judicial é travada em torno dos royalties, que não foram simplesmente oferecidos pela Petrobrás, mas tiveram que ser buscados na justiça, uma vez que a Petrobrás utiliza estrategicamente nosso Município para transbordo e distribuição de petróleo”, além disso, tramita no Supremo Tribunal Federal uma ação sobre os royalties, com uma banca de advogados especializados defendendo o município e os direitos.