Mortes em acidentes de trânsito crescem 5% no primeiro semestre de 2019 no Alto Tietê

A possibilidade de cobrança de pedágio nas rodovias Mogi-Dutra (SP-088) e Mogi-Bertioga (SP-098) vem gerando atenção de motoristas e autoridades. O modelo previsto é o chamado “free flow”, em que os veículos não precisam parar em praças de pedágio.

O sistema funciona por meio de pórticos instalados ao longo das rodovias, que identificam automaticamente a placa ou a TAG do veículo, permitindo a cobrança imediata. Embora a data de início ainda não esteja confirmada, a concessionária responsável, a CNL (Concessionária Novo Litoral), projeta que a medida possa entrar em vigor a partir de novembro de 2025, e reforça que o objetivo do sistema é agilizar o tráfego, evitando filas e interrupções para os motoristas.

Os pórticos já estão sendo instalados nos trechos de maior movimento: na Mogi-Dutra, nos quilômetros 37, em Arujá, e 40, em Mogi das Cruzes, enquanto na Mogi-Bertioga, o pórtico será no KM 92, em Bertioga. Apesar da infraestrutura já estar em andamento, os valores oficiais das tarifas ainda não foram divulgados.

Para quem possui TAG, o pagamento seguirá os prazos estabelecidos pelas operadoras parceiras, como ConectCar, GreenPass, Move Mais, Sem Parar ou Veloe. Já os motoristas que não têm TAG deverão efetuar o pagamento em até 30 dias corridos após a passagem. Caso o prazo seja ultrapassado, a evasão de pedágio pode gerar multa de R$ 195,23 e a adição de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), medidas que reforçam a importância de atenção aos prazos.

O sistema “free flow” também registrará todas as passagens, inclusive de motocicletas, que são isentas de cobrança, garantindo controle e monitoramento do tráfego. Triciclos, por outro lado, não são isentos e precisarão pagar a tarifa correspondente.

A concessionária afirma que essa tecnologia permitirá acompanhar o fluxo de veículos em tempo real e reduzir filas, mas ainda existem dúvidas sobre como serão tratados casos de erro na leitura das placas ou inconsistências no sistema de cobrança, especialmente para quem não possui TAG.

Para os motoristas que não possuem TAG, a CNL planeja lançar um site e aplicativo oficial em que será possível informar a placa do veículo, consultar os valores pendentes e realizar o pagamento. Embora a iniciativa prometa mais agilidade e controle, o modelo exige atenção redobrada por parte dos usuários, que precisarão se informar sobre prazos e procedimentos para evitar multas.

A expectativa é que, com o “free flow”, a circulação nas rodovias seja mais fluida, mas a implantação deve ser acompanhada de informações claras e amplamente divulgadas, garantindo que todos os motoristas estejam cientes das regras e da responsabilidade de cumprir com os pagamentos.

Na tarde desta terça-feira (30/09), manifestantes do Movimento dos Trabalhadores da Cultura Independente se reuniram em frente à Prefeitura de Mogi das Cruzes para reivindicar a desburocratização de espaços culturais, incluindo bares, casas de show e eventos independentes, buscando mais apoio e menos obstáculos legais para a cena artística da cidade.

O grupo foi recebido pelo secretário municipal de Segurança, Gilberto Ito, que afirmou já ter agendado uma reunião com a Secretaria de Desenvolvimento para analisar as demandas apresentadas. Segundo ele, a administração se comprometeu a prestar suporte dentro das possibilidades do município.

Durante a manifestação, o vereador Felipe Lintz (PL) se aproximou do grupo e fez declarações contundentes. Ele criticou os manifestantes e disse que sua atuação visa combater situações que considera “absurdas” na cidade. Lintz afirmou:

“O que está acontecendo? Eu luto contra esse absurdo em nossa cidade. Essa turma defende o uso de drogas na frente de crianças. É isso que nós estamos aqui combatendo.”

Ele também criticou ideologias e movimentos que, segundo ele, estariam presentes entre os manifestantes:

“O Bandeira de Palestina, o Bandeira Comunista do PCdoB, um movimento genocida que matou milhões de pessoas pelo mundo. Essa é a mesma turma que se diz democrática, um bando de vagabundos e maconheiros que fazem que engolir o PL de regulamentação das ADEGAS que trabalham de maneira ilegal e criminosa nas ruas.”

O episódio se insere em um contexto mais amplo envolvendo Lintz, que meses atrás publicou vídeos mostrando fiscalizações em bares, casas noturnas e festas clandestinas da cidade, alegando a presença de menores em ambientes insalubres, drogas e falta de autorização do Corpo de Bombeiros. Essas ações geraram críticas de artistas e grupos culturais, que acusaram o vereador de perseguição, enquanto ele defende que seu objetivo é garantir segurança e legalidade nos espaços públicos.

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou no último sábado (13/09) que houve um planejamento de golpe no Brasil, mas defendeu que isso não configura crime. Durante um painel em Itu, no interior de São Paulo, ao lado de Gilberto Kassab (PSD), o dirigente minimizou os atos de 8 de janeiro de 2023, que classificou como “bagunça de pé de chinelo”.

“Houve um planejamento de golpe, mas nunca teve o golpe efetivamente. No Brasil, a lei diz o seguinte: se você planejar um assassinato, mas não fez nada, não tentou, não é crime. O golpe não foi crime”, disse Valdemar. Ele ainda questionou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas por tentativa de golpe de Estado.

Apesar das críticas, o presidente do PL disse que a decisão do STF deve ser respeitada, embora a tenha considerado exagerada. A declaração ocorreu em um evento do setor equino, mediado pelo deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos), com a participação de Kassab.

Diante da repercussão, Valdemar voltou a se pronunciar na segunda-feira (15) e buscou esclarecer sua fala. Segundo ele, sua declaração havia sido mal interpretada e “nunca houve planejamento, muito menos tentativa” de golpe no Brasil.

As falas do dirigente repercutiram nas redes sociais, servindo de combustível para opositores de Bolsonaro e levantando questionamentos sobre os limites da lei, a interpretação do STF e a própria narrativa em torno dos atos de 8 de janeiro. Afinal, planejamento de golpe sem execução é crime ou não?