Fabiana Uchoas

O poder de escolher os universos que iremos viajar

Fabiana Uchoas

Publicado

há 4 anos

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O poder de escolher os universos que iremos viajar

No Brasil, entre os indivíduos alfabetizados não se chega a ler, na média, dois livros por ano. A ausência da leitura entre a população pode se tornar um obstáculo em atividades profissionais, pois quase todas dependem da facilidade de comunicação e expressão. É antigo o costume de manter estantes em casa repletas de livros dos mais variados tipos. 
Mesmo na classe média, a maioria dos pais costumava monitorar a leitura apropriada para seus filhos. Muitas dessas estantes, com o desaparecimento de seus donos, foram transformadas em bares e cristaleiras a ornamentar mansões, pois os novos proprietários nem sequer imaginam quão maior, e mais importante, era o valor da antiga utilidade cultural dos móveis, ora geralmente utilizados apenas como itens de decoração
Assim como Maurício de Sousa disse em entrevista semana passada, a leitura ajuda a nos contruir. "Eu lia um livro por dia quando era jovem, e graças a isso continuei escrevendo. Tive uma iniciação na leitura que me ajuda até hoje. Estou buscando até hoje as informações que guardei, que reservei desde criança. Ler nos provoca uma curiosidade natural, nos prepara para a vida, é uma coisa superagradável". Em outras palavras, a leitura nos dá o poder de escolher os inúmeros universos que iremos viajar, e nos fazem entender nossa realidade. 
Tempos atrás, nas escolas eram aplicados métodos de conscientização sobre a importância da leitura e da escrita, ao enfatizar a necessidade da leitura própria formação do caráter. Costumava-se mencionar que o mais famoso escritor brasileiro em todos os tempos, Machado de Assis, um autodidata que construi sua história criando obras respeitáveis até hoje. 
Toda espécie de leitura é válida, devendo ser estimulada desde a mais tenra infância: jornais, revistas, almanaques ou, mesmo, histórias em quadrinhos, com seus heróis a dar asas à imaginação infantil. 
Terrível é não se ler nada.