Fabiana Uchoas

Estaríamos cada vez mais distante de uma sociedade pacífica?

Fabiana Uchoas

Publicado

há 4 anos

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Estaríamos cada vez mais distante de uma sociedade pacífica?

Visivelmente na sociedade, os indivíduos transformaram em tarefa diária o culto do respeito à dignidade humana, no qual as lutas individuais do cidadão não se sobrepõem às dificuldades coletivas, o que deveria acontecer de forma natural. Deste modo, tragédias que estão acontecendo cada vez com mais frequência, costumam ser olhadas como se atingissem a todos. É perceptível os sentimento conjunto de desolação que se manifesta através de posturas solidárias – os protestos que vimos nos últimos dias por exemplo - e esse tal sentimento não se aquieta enquanto a Justiça e os governos não se manifestam com rigor. Neste caso, o Brasil caminha em sentido contrário numa espécie de “salve-se quem puder”, com a maioria preocupada apenas em sobreviver às adversidades que o país enfrenta. O resultado não poderia ser diferente: intolerância em nível cada vez mais alto e uma clara tendência a ignorar direitos, mesmo que se mostrem legítimos e indiscutíveis. E quando a situação chega à esse patamar, as primeiras a perder força são as instituições criadas exatamente com o propósito de defender o cidadão, entre elas a democracia. E quando se fala de democracia fragilizada significa portas abertas não apenas para a indiferença àquilo que em tese deveria interessar a todos como para a intolerância, sempre corrompida pela violência. É muito perigoso fechar os olhos a ela, mas tem sido prática comum entre nós. A paz é algo que devemos lutar constantemente para a construção de um mundo mais justo, mais próspero e principalmente mais humano. Precisamos ter discernimento para olhar os acontecimentos que nos cercam sejam eles bons ou ruins, pois é isso que nos forma. Ser, escolher, ir e vir são verbos que encerram conquistas humanas de valor inestimável como é a liberdade. Apresar de parecer muito simples, está cada dia mais difícil e mais distante alcançarmos harmonia em todos os aspectos sociais em que estamos inseridos, mas a luta continua.