Inclusão é criar e adaptar acessos 

O meu desejo é que absolutamente todas as pessoas que me leem agora definissem o que é inclusão e entendessem de fato a verdade sobre ela. O termo é velho, existe uma Lei Brasileira de Inclusão (LBI), a princípio, mas quando observo o resultado final, percebo que a sociedade não é inclusiva.

Conversando com a mãe de gêmeas PCD (Pessoa com Deficiência), notei que barreiras foram criadas para o atendimento, demonstrando exclusão.

As irmãs passaram por uma consulta na pediatra e a profissional disse “mãe, você não deveria estar aqui, o caso delas é muito grave.”

Porém, a consulta não foi para receber receitas para um tratamento neurológico. A mãe só queria saber sobre a saúde das filhas em uma consulta de rotina. O normal para qualquer criança. 

No universo PCD, existe o Capacitismo, termo que refere-se a discriminação e subestimação de deficientes. A exclusão está em diversos lugares, as novas leis não mudam essa realidade, apenas disfarçam. Incluir é dar acesso e adaptar o nosso ambiente para que todos se tornem parte dele.

Marcela de Lourenço é pastora da Igreja Bola de Neve Mogi e é mãe de um adolescente TEA, (Transtorno do Espectro Autista), de 12 anos.