Alto Tietê

Ano de 2021 foi difícil para as entidades filantrópicas 

Além de queda nas doações, instituições também tiveram outros setores afetados durante a pandemia

Fabrício Mello

Publicado

há 2 anos

em

Ano de 2021 foi difícil para as entidades filantrópicas 

Arquivo Pessoal

Em 2021, os impactos da pandemia afetaram diversos campos da sociedade: Economia, Educação e, principalmente, Saúde. Tão afetada quanto estes, a solidariedade se viu em crise no “novo normal”. O Instituto Pró + Vida São Sebastião (IPVSS) e o Grupo de Apoio à Pessoas com Câncer (GAPC), entidades voluntárias voltadas ao cuidado de idosos e doentes, respectivamente, sentiram fortemente os impactos negativos que o isolamento trouxe.

E, para os grupos mais sensibilizados e vulneráveis, as dificuldades vão além das doações e arrecadações. Pacientes apresentam quadros de depressão e ansiedade, pela falta de contato com familiares e pessoas próximas; o agravamento ou adoecimento de pessoas assistidas; e o sentimento de luto com as perdas dificultaram, ainda mais, os atendimentos em 2021.

GAPC

O GAPC é uma entidade sem fins lucrativos que há 20 anos sobrevive unicamente da doação de particulares e empresas. É uma entidade que auxilia os pacientes com câncer, fornecendo medicamentos, acompanhamento e atividades em prol do bem-estar. O GAPC atende todo o Alto Tietê, Bertioga e ABC Paulista.  

De acordo com relações públicas do GAPC, Pamela Marques, não houve um aumento de novos cadastros, mas sim na porcentagem de pacientes mais graves e muito mais debilitados, devido aos atrasos em cirurgias e no tratamento em si. “Isso impactou muito o volume de atendimento das nossas profissionais, como a fisioterapeuta e a nutricionista, além da psicóloga, que teve de lidar com muitos casos de depressão e ansiedade”.  

Em contrapartida ao aumento de casos graves, a arrecadação de insumos e de dinheiro caiu significativamente, dado que os eventos são uma das formas de captação para a instituição. “As pessoas se sensibilizam mais facilmente devido à pandemia, demonstram apoio, mas não conseguem ajudar efetivamente por estarem também sem condições financeiras”, explica Pamela Marques.  

Atualmente, o GAPC busca novas formas para se adaptar ao “novo normal”. Novas parcerias, novas formas de arrecadação e eventos on-line são parte dos planos para 2022. Mais detalhes sobre como ajudar a entidade, acesse https://www.gapc.org.br/como-ajudar . 

Pró+Vida

O Instituto Pró+Vida São Sebastião iniciou suas atividades há 42 anos, buscando acolher e dar ao idoso uma vida digna. Hoje, a instituição conta com um corpo de funcionários e voluntários que atuam em prol da causa.

Em 2021, o IPVSS não teve um aumento de atendidos, mas sofreu queda no número de doações e arrecadações. A instituição conta, ainda, que a maior dificuldade foi em relação à convivência dos atendidos, uma vez que, devido às restrições da pandemia, não houveram visitas, festas ou encontros. “Continuamos abraçando a nossa causa, mas respeitando as restrições para manter a segurança”, diz a nota.

Para o próximo ano, o Pró+Vida busca, dentro das possível, retomar as atividades e os eventos de captação, para continuar melhorando o atendimento. Para mais informações sobre como ajudar, acesse https://www.ipvss.org.br/site/.