Alto Tietê

Notas CAPAG revelam situação fiscal dos municípios do Condemat

Guararema e Ferraz têm nota A, enquanto Mogi, Suzano e outros sete municípios aparecem com avaliação C, o que restringe o acesso a crédito com aval da União

Pedro Henrique

Publicado

há 1 mês

em

Notas CAPAG revelam situação fiscal dos municípios do Condemat

Divulgação

Um novo levantamento da Secretaria do Tesouro Nacional revela disparidades fiscais entre os municípios que integram o Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê). A análise, feita por meio da nota CAPAG (Capacidade de Pagamento), mostra que apenas quatro cidades da região atingiram a nota máxima (A), enquanto outras sete foram avaliadas com nota C, o que limita sua capacidade de contratar financiamentos com garantia da União.

Entre os destaques positivos estão Guararema, Ferraz de Vasconcelos, Salesópolis e Poá, todas com nota A. Esses municípios demonstraram equilíbrio fiscal nos três critérios que compõem a CAPAG: endividamento, poupança corrente e liquidez. O município de Guararema apresentou indicadores sólidos, com endividamento de apenas 5,18%, despesas correntes equivalendo a 80,36% da receita, e liquidez de 19,84% — todos dentro do padrão de excelência exigido.

Por outro lado, municípios como Mogi das Cruzes, Suzano, Itaquaquecetuba, Biritiba Mirim, Guarulhos, Santa Isabel e Arujá foram avaliados com nota C. Isso significa que, mesmo que alguns desses municípios apresentem bons resultados em um ou dois critérios, a pior nota entre eles define o resultado final — e, portanto, bloqueia o acesso a empréstimos com respaldo da União.

No caso de Mogi das Cruzes, por exemplo, o índice de endividamento foi considerado excelente, com nota A (24,38%), mas a poupança corrente atingiu 95,84%, o que resultou em nota C, e a liquidez foi avaliada como B (0,98%). A combinação fez com que a cidade fosse reprovada no critério geral da CAPAG, afetando sua capacidade de captar recursos para novos investimentos.

A CAPAG é uma ferramenta do Tesouro Nacional usada para avaliar se estados e municípios podem assumir novas dívidas com garantias federais. Além de ser um selo de responsabilidade fiscal, ela interfere diretamente no acesso a recursos estratégicos para infraestrutura, mobilidade, educação e saúde.

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