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Deputado Marcio Alvino se posiciona sobre julgamento no Supremo Tribunal Federal contra ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados
Em vídeo publicado nas redes sociais, parlamentar afirmou que o julgamento iniciado nesta terça-feira (2) não é apenas sobre o ex-presidente, mas também sobre liberdade, justiça e democracia

O deputado federal Marcio Alvino (PL) se manifestou nesta terça-feira (2) em suas redes sociais sobre o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF). No vídeo, o parlamentar declarou: “O julgamento de hoje não é só sobre Bolsonaro, é sobre liberdade, justiça e democracia. Não podemos aceitar abusos de poder nem decisões que fragilizam a confiança nas instituições. Defendemos respeito à Constituição e à liberdade de todos os brasileiros.”
O julgamento no STF começou ontem, terça-feira (2) e marca a primeira vez em que um ex-presidente da República é julgado pela Corte por crimes contra a democracia. Bolsonaro responde a acusações de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Além do ex-presidente, também são réus no processo:
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal;
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto – ex-ministro e candidato a vice-presidente em 2022;
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Crimes em análise
Os réus respondem, em maior ou menor grau, pelos crimes de:
* Organização criminosa armada;
* Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
* Golpe de Estado;
* Dano qualificado pela violência e grave ameaça;
* Deterioração de patrimônio tombado.
No caso de Alexandre Ramagem, parte das acusações foi suspensa em razão da imunidade parlamentar.
Primeiro dia de julgamento
Na abertura da sessão, o relator, ministro Alexandre de Moraes, apresentou o relatório do processo, com o histórico das investigações. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação dos acusados.
O cronograma prevê oito sessões, nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. A votação, que decidirá sobre condenações ou absolvições, deve ocorrer nas próximas etapas.
Na parte da tarde, foram ouvidas as primeiras sustentações das defesas, entre elas as de Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres. O julgamento retomou nesta quarta-feira (3).