Mogi das Cruzes

Pró-criança atende, em média, 400 por dia e já tem 87 casos confirmados de Covid

Pandemia. De acordo com o epidemiologista Dr. Mauro Cardoso, a nova variante Ômicron é de fácil transmissão, mas possui sintomas leves

Tatiana Silva

Publicado

há 2 anos

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Pró-criança atende, em média, 400 por dia e já tem 87 casos confirmados de Covid

Divulgação

Em 2020, quando a pandemia teve início, o número de casos de Covid-19 em crianças de 0 a 11 anos em Mogi das Cruzes chegou a 437, com nenhum óbito registrado. Um ano depois, em 2021, foram notificados 1.023 casos, sem registro de óbito. Até esta sexta-feira (21), a Secretaria de Saúde de Mogi das Cruzes informou que já foram confirmados 87 casos da doença em crianças menores de 11 anos.

Em nota, a secretaria também confirmou que o Pró-Criança, que é referência em pronto atendimento infantil 24h, tem atendido, em média, de 380 a 400 crianças por dia. Casos mais graves e que necessitam de internação têm sido encaminhados para os hospitais da região.

 

Tipos de Covid

Conforme as novas variantes foram surgindo desde março de 2020, os sintomas da Covid-19 foram se modificando. A Organização Mundial de Saúde (OMS) designou as cinco variantes do SARS-CoV-2, que circulam pelo mundo, para facilitar a comunicação e a notificação de casos. São elas: Alpha, Beta, Gamma, Delta e Ômicron. Foram elas que dominaram a pandemia em termos de transmissão e volume de casos. A onda atual é provocada, na maioria dos casos, pela variante Ômicron.

 

Especialista

De acordo com o médico epidemiologista dr. Mauro Cardoso, que atualmente mora na Austrália, a Ômicron é mais transmissível, ou seja, se espalha mais rápido. “Contudo, parece ter uma taxa de mortalidade e casos mais graves em menor proporção, apesar de que, em parte, muito dessa proteção é atribuída às maiores taxas de vacinação”, frisou ele. 

Dr. Mauro Cardoso explica, ainda, que a principal diferença entre a Ômicron e as outras variantes é o “alastramento muito rápido e uma menor proporção de sintomas pulmonares “De forma geral, as variantes prolongam a epidemia em novas ondas sucessivas. Os riscos continuam sendo os mesmos da doença original, mas por mais tempo. Enquanto continuam surgindo novas variantes e quanto mais transmissível forem elas, maiores serão as oportunidades de novas mutações existirem. É o famoso ‘dar chance para o azar’. As novas ondas sucessivas têm algum grau de escape imunológico (desviam das defesas das vacinas existentes)”, completou ele.

 

Sintomas

Os sintomas mais comuns em todas as variantes da Covid-19 são: tosse, congestão ou coriza, "corrimento" nasal, dores de cabeça, fadiga, espirros e dores de garganta. Apenas por esses sintomas é difícil distinguir também da gripe comum ou de outras infecções respiratórias. Febre, tosse e perda de olfato continuam ocorrendo, embora em menor proporção. Aparentemente, cansaço e dores musculares podem ser mais comuns. Entretanto, os sintomas respiratórios típicos de uma "gripe forte", comuns à Covid-19, apresentados por outras variantes, estão sendo relatados como “mais leves” pelos pacientes.