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O tempo de todas as mulheres: a luta por igualdade não deve ser reconhecida apenas em um dia

Ana Luiza Moreira

Publicado

há 5 anos

em

O tempo de todas as mulheres: a luta por igualdade não deve ser reconhecida apenas em um dia

Neste domingo, dia 8 de março, foi comemorado o Dia Internacional das Mulheres, data reconhecida pela Organização das Nações Unidas nos anos 70 e que celebra a luta das mulheres pela conquista de seus direitos.

É comum vermos nesse dia muitos posts nas redes sociais parabenizando pessoas do gênero feminino por todo o esforço que tem no dia-a-dia, por terem bons empregos, se destacarem em muitas áreas, por estudarem, cuidarem de seus filhos, de suas casas e fazer tudo isso de uma única vez. Essas publicações são sim importantes, pois comemoraram que muitas mulheres hoje conseguem atingir a tão sonhada independência e podem agir como de fato querem, porém, é necessário lembrar que não são todas as que conseguiram ocupar este espaço.

De acordo com o estudo “Mulheres na Liderança” da Teva Indices, das empresas de capital aberto do Brasil, apenas 16,9% possuem ao menos duas mulheres em seus conselhos de administração e muitas destas mulheres ainda são brancas, de classe média/alta e que obtiveram boas oportunidades de ensino, o que não corresponde a grande parte da população brasileira, que é pobre e negra.

A grande questão é que as mulheres estão sim crescendo e garantindo equidade, no entanto, não são todas e é preciso olhar para isso, entender que a luta precisa continuar pelas que vivem em miséria, sem educação ou dignidade. O dia é das mulheres e não só das que já chegaram lá, mas sim de TODAS.

A jornalista Ana Luiza Moreira é formada pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), é desenvolvedora do Portal Freaks! e atua como redatora do Jornal O Novo.

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