Câmara de Guararema vai definir novo Presidente em dezembro

Já se imaginou vivendo com medo todos os dias, sem ter feito nada específico para isso, só por existir? E, agora, além do medo, já pensou em sofrer agressões frequentes e ter marcas de dor por toda a vida? Pois é, esta é realidade de muitas mulheres, não apenas uma especulação. Segundo a pesquisa “Mulheres, empresas e a lei”, realizada pelo Banco Mundial em 2017, uma a cada três mulheres já foi vítima de alguma violência. 
No último domingo, 25, foi celebrado o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. A data foi estabelecida em 1999, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, com o intuito de incitar a reflexão sobre a situação de violência em que vive considerável parte das mulheres em todo o mundo. Este ano, na data de celebração, a Organização das Nações Unidas classificou a violência de gênero como uma “pandemia global”.  O secretário-geral da organização, António Guterres, declarou por meio de uma carta aberta, que somente quando as mulheres puderem viver livre de medo, violência e insegurança será possível afirmar que o mundo é um lugar “justo e igualitário”.
De fato, diante de milhares de registros e notícias diárias de agressão e, pior ainda, de feminicídio, nós parecemos perder as esperanças cotidianamente. Este mundo “justo” ainda parece uma utopia, por mais que as mulheres tenham caminhado com muita garra em busca de um objetivo que se resume em respeito e deveria vir “de graça”. Discursos de igualdade e contra a violência à mulher nem deviam existir mais, não porque não são necessários, mas porque já deveriam ter surtido efeito de um modo geral. 
Elas seguem na busca pela dignidade, apesar e por causa de tudo. Aqui no Brasil, desde os anos 1980, as feministas entraram na luta contra a violência às mulheres. Ainda hoje, a batalha permanece e felizmente uma certa união feminina dá alguns “sinais de vida”. Não podemos parar, mesmo que a decepção por tudo que continua acontecendo surja. Façamos por nós e por aquelas que já não têm mais tempo para isso. 

Nesta semana, dia 14 de Novembro, celebramos o Dia Nacional da Alfabetização, elemento importantíssimo para formar verdadeiros cidadãos.  Tratamos, porém, nesta edição, justamente do oposto a este ponto.
Segundo indicador de estudo feito pelo Ibope Inteligência, desenvolvido pela ONG Ação Educativa e pelo Instituto Paulo Montenegro, 29% dos brasileiros são considerados analfabetos funcionais. Do total, 8% são analfabetos absolutos, ou seja, não conseguem ler palavras e frases. Outros 21% estão no nível considerado rudimentar, então não localizam informações em um calendário, por exemplo.
O analfabetismo funcional, para se ter uma noção, não está muito distante de nós e nem intrinsecamente relacionado à baixa escolaridade. Ele pode atingir até estudantes que frequentam o ensino superior, afinal enquadra indivíduos que, embora saibam reconhecer letras e números, são incapazes de compreender textos simples, bem como realizar operações matemáticas mais elaboradas.
Tratando deste ponto, é possível notar que o problema gerado não para em quem é analfabeto funcional. Como isso acontece? Bem, uma pesquisa do Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) aponta que mesmo com suas dificuldades, os analfabetos funcionais são usuários frequentes das redes sociais. Mais de 80% utiliza WhatsApp, 72% são adeptos do Facebook e 31% têm conta no Instagram.
No contexto digital, um dos reflexos do baixo nível de alfabetismo é ter pessoas mais suscetíveis à desinformação, memes e imagens manipuladas e usadas em contexto falso, como as fake news. Uma pessoa encaminha e compartilha com outra e quando vemos, já virou uma “bola de neve”, em que o povo já está acreditando em qualquer coisa.
Pensar no processo de alfabetização é ter ciência de que ele é a chave para construir a informação de modo correto e assim, conquistar uma boa comunicação. Também não é importante apenas para redes sociais, mas para todo tipo de interação entre a sociedade. A alfabetização é fundamental para o desenvolvimento humano. 
 

Já parou para pensar no que pode acontecer com a sua vida por conta de um preconceito totalmente dispensável? Às vezes é difícil acreditar que existem mesmo homens que deixam de cuidar da própria saúde por conta disso e podem pagar um preço alto. 
Neste mês temos a campanha Novembro Azul, realizada por diversas entidades especialmente aos homens, com intuito de conscientizar a respeito de doenças masculinas, dando ênfase à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de próstata. Segundo o Ministério da Saúde, a doença é a causa de morte de 28,6% da população masculina. 
Dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que no Brasil um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata. Apesar da grande incidência, ainda há uma luta constante para alertar essa população sobre o risco, pois existe o mito de que o exame a ser realizado - de toque retal - afeta a masculinidade. Pois é, até a própria saúde pode ficar abaixo do machismo em nível de importância. 
Neste contexto, perspectivas culturais ganham destaque e podem fazer com que o homem esqueça o risco da doença e se preocupe mais com a reação das pessoas de seu convívio social, com o peso que o diagnóstico tem para a sociedade. Considerando que este é um problema a ser resolvido, a mídia passa a ser um recurso importante para contornar a situação, ainda mais em período de campanha ao redor do país. 
Em pesquisa realizada pelo instituto Datafolha em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia em novembro de 2015, foi constatado que 76% dos homens têm consciência sobre o câncer de próstata, mas apenas 32% realizam o exame. A resistência ao exame preventivo reduz as chances de diagnóstico precoce e prejudica o processo de cura. O Governo do Estado de São Paulo afirma que quanto mais cedo a doença for descoberta, maiores são as possibilidades de vencê-la. 
Homem, deixe o preconceito de lado e preocupe-se com a saúde. Sua vida é o que está em jogo!