Mogi das Cruzes
Mogi das Cruzes assina “Pacto Ninguém se Cala”
A adesão ao Pacto, com apoio do Ministério Público, reforça o compromisso de Mogi das Cruzes com a defesa dos direitos da mulher

Mogi das Cruzes deu um passo importante no combate à violência contra as mulheres ao aderir ao “Pacto Ninguém se Cala”, uma iniciativa do Ministério Público Estadual, anunciada nesta quinta-feira (27/03). Com a adesão, o município se torna pioneiro no Alto Tietê e em São Paulo, ampliando as ações de prevenção e acolhimento às vítimas de violência doméstica e de gênero.
A cerimônia contou com a presença de autoridades como o procurador-geral de Justiça, Dr. Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, a coordenadora do Pacto, promotora Vanessa Sousa, e a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), Renata Falconi Capistrano da Silva, entre outros representantes do Judiciário. A adesão reforça o compromisso da gestão municipal com a proteção e valorização das mulheres.
A prefeita Mara Bertaiolli destacou que a adesão representa um avanço para garantir maior segurança e acolhimento às mulheres da cidade. “Mais do que combater a violência, estamos criando uma rede de proteção e cuidado. Ninguém pode se calar diante dessa realidade”, afirmou. O vice-prefeito Téo Cusatis também enfatizou a importância da gestão, lembrando a criação da 1ª Secretaria da Mulher e o compromisso com a capacitação de servidores para atender melhor as vítimas.
O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio, afirmou que “não há tolerância à intolerância de gênero”, destacando que a adesão de Mogi ao pacto é uma resposta contra a violência e pela valorização dos direitos das mulheres. A promotora Vanessa Sousa, coordenadora do Pacto, alertou para os números alarmantes de violência, com 2,4 milhões de mulheres sendo vítimas de agressões entre 2024 e 2025. “Em 91,8% dos casos, há testemunhas que poderiam ajudar, mas apenas 20% das vítimas buscam a rede de proteção. Isso precisa mudar”, destacou.
Mogi é a primeira cidade da região do Alto Tietê e uma das pioneiras no Estado de São Paulo a aderir ao pacto, que já conta com 72 signatários entre instituições públicas e privadas. O objetivo é criar uma rede de apoio e conscientizar a população sobre a violência contra as mulheres, abrangendo espaços públicos, locais de trabalho e estabelecimentos comerciais.
Com a adesão, a cidade passará a adotar protocolos preventivos para combater o estupro, a violência e o assédio. Serão realizadas ações de sensibilização e orientação, especialmente com comerciantes, donos de bares e restaurantes, além de fiscalização para garantir a adoção de medidas de proteção às mulheres. A secretária municipal da Mulher, Livia Bolina, afirmou que o pacto será levado a sério, como parte do compromisso contínuo com a proteção das mulheres.