Fabiana Uchoas

O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo

Fabiana Uchoas

Publicado

há 4 anos

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O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo

O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia. No país são produzidas mais de 11 milhões de toneladas de lixo plástico todos os anos, que o torna também um dos países que menos recicla este tipo de lixo: apenas 1%. Números que são extremamente alarmantes em relação a degradação do meio ambiente. Isso é resultado da falta de políticas públicas adequadas que incentivem a reciclagem desses resquícios em larga escala. Para isso, a ONU propôs campanhas globais para empresas, governos e consumidores estimulando o engajamento na luta contra a poluição causada por plásticos descartáveis, que ameaçam os ecossistemas marinhos, a saúde dos oceanos e, também, a vida dos seres humanos. Entre as medidas, foi sugerido para as empresas a diminuição da produção de plástico em seus produtos, e para os consumidores mudarem seus hábitos. Setenta e cinco países aderiram as medidas propostas pela organização, e comprometeram-se a proteger as águas que estão dentro de seus territórios e incentivando a reciclagem para a população. Mais de 100 mil pessoas assumiram compromisso com a campanha. Estima-se que metade de todo o lixo plástico produzidos até agora, foram criados depois dos anos 2000. Embora a maior parte de todo esse lixo seja novo, 75% de todo o plástico já produzido não tem mais utilidade alguma, além de poluir o meio ambiente. De todo lixo encontrado no litoral brasileiro, a maior parte é plástico. O último verão bateu recorde de animais mortos na costa brasileira - principalmente no litoral de São Paulo - e boa parte dos grandes mamíferos tinham plástico no estômago. Sem a destinação devida, boa parte dos resíduos plásticos acabam nos oceanos. Segundo o Fundo Mundial da Natureza, o volume de plástico que chega aos oceanos todos os anos é de aproximadamente 10 milhões de toneladas, podendo levar até 100 anos para se decompor.