Brasil

Maguila; O boxeador que rompeu barreiras morre aos 66 anos vítima de encefalopatia traumática crônica

O ex-pugilista José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, deixou um legado não só nos ringues, mas também na luta contra o preconceito e na conscientização sobre a Encefalopatia Traumática Crônica, doença que o acompanhou até sua morte

Sara Virginia

Publicado

há 7 meses

em

Maguila; O boxeador que rompeu barreiras morre aos 66 anos vítima de encefalopatia traumática crônica

Reprodução google

José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, foi um dos boxeadores mais marcantes do Brasil. Nascido em Aracaju, Sergipe, no ano de 1958, ele construiu uma carreira que o tornou ícone nos anos 1980 e 1990, destacando-se por suas vitórias expressivas e seu carisma. Durante sua trajetória, Maguila conquistou títulos como o de campeão brasileiro e sul-americano de pesos pesados, além de ser conhecido por popularizar o boxe no Brasil.

Além de seu sucesso esportivo, Maguila também ficou conhecido por sua postura progressista em questões sociais. Em 1992, ele se posicionou publicamente contra o preconceito, defendendo em rede nacional que a homossexualidade não era uma doença, em uma época em que o tema era ainda mais delicado e estigmatizado.

No entanto, a carreira de Maguila também foi marcada por desafios fora dos ringues. Ele foi diagnosticado com Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), uma doença degenerativa do cérebro que é comum em atletas que sofrem traumas repetitivos na cabeça. A ETC, também conhecida como “demência pugilística”, é caracterizada por sintomas como perda de memória, dificuldades cognitivas, alterações de humor e comportamento, muitas vezes levando à depressão e agressividade. Esses sintomas resultam de uma degeneração cerebral causada por pancadas repetidas, uma condição que não era bem compreendida na época em que Maguila lutava.

Após sua aposentadoria, Maguila enfrentou uma longa batalha contra a doença. Nos últimos anos de sua vida, ele viveu recluso, com sua saúde em declínio, até falecer aos 66 anos. Apesar disso, seu legado no esporte e suas posturas em questões sociais, como a defesa de seu filho, o artista Júnior Ahzura, e de outras minorias, continuam inspirando muitas gerações. Maguila será lembrado não apenas por seus títulos no boxe, mas também por sua coragem em lutar contra o preconceito e uma doença devastadora.

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