Alto Tietê

Na tentativa de amenizar os estragos causados pelas fortes chuvas, Condemat solicita apoio do DAEE

O pedido foi realizado pelo Presidente e Prefeito de Mogi, Caio Cunha, que solicitou a abertura das comportas da Barragem da Penha

Leticia Faria

Publicado

há 1 ano

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Na tentativa de amenizar os estragos causados pelas fortes chuvas, Condemat solicita apoio do DAEE

Foto: Reprodução/Google Maps

As fortes chuvas continuam recorrentes nas cidades do Alto Tietê e, com isso, continuam causando problemas nas regiões. Outra questão que contribui com as enchentes é em razão as quatro das seis comportas existentes da Barragem da Penha continuarem fechadas. Essa condição favorece o aumento do índice de alagamentos, deixando os moradores de Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba com ruas alagadas. 

A Direção do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) abriu uma solicitação pedindo apoio emergencial do Departamento de Águas em Energia Elétrica (DAEE), na tentativa de refrear e tornar menos custoso os estragos causados pelos últimos temporais. O pedido foi realizado pelo Presidente do Condemat e prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, que solicitou a abertura das comportas da Barragem da Penha, em São Paulo, para permitir escoação das águas do Rio Tietê.

Somente duas comportas da Barragem foram abertas, situação que aumenta o estancamento da água, sobretudo, nos trechos que cortam Mogi das Cruzes, Suzano, Itaquaquecetuba e Guarulhos. O Condemat alega que mesmo nos períodos de ausência da chuva, o nível do Rio alto Tietê não fica baixo, atingindo negativamente as cidades que estão na Bacia desta região.

“As cidades aqui do Alto Tietê que margeiam o Rio Tietê estão sendo prejudicadas justamente por uma decisão do DAEE, de não abrir as comportas para o represamento da Penha. Só para ter uma ideia, são seis comportas e somente duas estão abertas. Se você olhar o Rio Tietê, a lâmina dele hoje ela está bastante alta. Isso significa que a qualquer chuva que der, a enchente é na certa”, disse o presidente do Condemat, Caio Cunha. 

Em defesa, o DAEE alega que a decisão de não abrir a barragem da Penha é que ela não tem ligação com as cidades. 

Com a resposta, Cunha fala que a equipe do DAEE deve ter se equivocado. “Eles devem ter se equivocado, pois tem total ligação com a região. O DAEE precisa somente abrir a comporta para ver o quanto que o Rio Tietê irá abaixar.”

“Eles estão mantendo as comportas fechadas justamente para não ter alagamento próximo a Marginal Tietê, mas essa ‘não’ inundação da Marginal afeta diretamente as nossas cidades, e não é o Presidente do Condemat falando, e sim os nossos técnicos que estão acompanhando a situação”, complementa Caio Cunha.

O presidente disse ainda que outra solicitação do Condemat ao DAEE é em relação ao desassoreamento do Rio Tietê. “Já faz alguns anos que pedimos o desassoreamento do Rio Tietê, mas ele não é feito. Por conta disso, acaba prejudicando também o aumento da lâmina do rio”, finaliza.

A equipe do O Novo entrou em contato com a assessoria do Condemat para saber o que está sendo conversado entre ambas as partes. Em nota, foi respondido que “O CONDEMAT tem uma agenda confirmada com a superintendente do DAEE, Mara Ramos, para tratar do controle das enchentes, que envolve entre outras coisas o desassoreamento do Rio Tietê e afluentes. Estamos trabalhando para dar atenção ao tema.”