Mogi das Cruzes
Empresário de Mogi das Cruzes perde R$ 250 mil por mês após cair em golpe milionário dos caminhões
Esquema de vendas clandestinas pode chegar a R$ 200 milhões em prejuízo; empresário de Mogi comprou três carretas, mas duas estavam registradas como roubadas e estão paradas há quase 90 dias

Um empresário do setor de transportes de Mogi das Cruzes está entre as vítimas de um esquema criminoso de venda irregular de caminhões que vem sendo investigado pelo Deic, a polícia especializada. Segundo a apuração, ele adquiriu três carretas de grande porte acreditando estar fazendo um negócio legal, mas apenas uma estava regularizada. As outras duas constam com registro de roubo, o que impediu completamente o uso dos veículos.
Desde então, há cerca de 90 dias, as carretas estão paradas, gerando um prejuízo estimado em aproximadamente R$ 250 mil por mês, segundo relato do próprio empresário, identificado apenas como Vladimir. Mesmo apresentando nota fiscal e documentos da negociação, ele não conseguiu regularizar os veículos, pois eles fazem parte do rastro da fraude que se espalhou por diversas cidades do interior paulista.
O golpe envolve a empresa Mogitrucks, que teria retirado ao menos 51 caminhões de uma loja autorizada em São Paulo apenas para exposição, sem autorização formal do proprietário. Esses veículos teriam sido redistribuídos e vendidos rapidamente de forma clandestina, sem transferência legal de documentação. O suposto mandante do esquema é André Engles de Oliveira Silva, que está desaparecido desde o casamento e a lua de mel, segundo a investigação.
Até o momento, o Deic já contabiliza pelo menos 18 registros de vítimas. A polícia também apura se houve participação de funcionários da própria empresa no desvio dos caminhões. O diretor comercial que registrou o caso já foi afastado do cargo.
Enquanto as investigações avançam, empresários como o de Mogi das Cruzes vivem a incerteza de um possível ressarcimento judicial. “Apliquei o valor total, tenho papelada, nota fiscal, e mesmo assim fiquei sem a documentação e sem poder trabalhar”, desabafa.
A orientação da polícia é que outras possíveis vítimas procurem uma delegacia e registrem boletim de ocorrência para fortalecer as investigações.













