Mogi das Cruzes

Vereadores querem psicólogos e assistentes sociais na Delegacia da Mulher

O documento legislativo é de autoria do vereador e presidente da Câmara Marcos Furlan e da vereadora Malu Fernandes

Redação

Publicado

há 1 ano

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Vereadores querem psicólogos e assistentes sociais na Delegacia da Mulher

Divulgação/CMMC

A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes aprovou, em sessão ordinária na terça-feira (24), a Moção nº 65/2022, que solicita psicólogos e assistentes sociais na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Mogi das Cruzes.  O documento legislativo é de autoria do vereador e presidente da Casa de Leis, Marcos Furlan (Pode) e da vereadora Malu Fernandes (SD).

“A falta de uma equipe com profissionais especializados para uma triagem no primeiro atendimento à vítima de violência compromete o acolhimento adequado da mulher, cumprindo de forma parcial o objetivo para o qual a DDM foi criada”, argumenta Furlan na redação da justificativa da Moção.

A Lei Maria da Penha, em seus artigos 29 a 32, prevê a existência da equipe de atendimento multidisciplinar nos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e no âmbito dos Centros de Atendimento para Vítimas de Violência Familiar.

 No entanto, argumenta o vereador, quando a mulher procura esse tipo de delegacia especializada, geralmente ela já está abalada física e emocionalmente.  

“Em Mogi das Cruzes, onde 53% da população são mulheres, consideramos essencial a atuação de uma equipe com psicólogo e assistente social na Delegacia de Defesa da Mulher. Esses profissionais vão deixar o atendimento mais humanizado e acolhedor. Apesar de ser um órgão estadual, nada impede que se faça um convênio com a Prefeitura para disponibilizarmos essa equipe. Muitas vezes, os agentes policiais não estão preparados para receber essas mulheres. É um consenso entre as pessoas que trabalham lá a necessidade desses especialistas”, defende Furlan.

Malu Fernandes, coautora da Moção, falou sobre a importância em se tentar um convênio com a Prefeitura a fim de que os profissionais especializados possam ser encaminhados à unidade profissional. “A Sala Lilás da DDM já está pronta, só falta inaugurar. E mais: ela vem com o viés de ampliar o horário de atendimento, uma reivindicação bastante antiga. Muitas vezes, a vítima quer falar de toda a história do casamento, e não se atém aos fatos. Por isso, é importante um suporte emocional nesses momentos”.

O vereador Policial Maurino (Pode) elogiou a iniciativa. “Fico feliz com essa Moção. É de muita grandeza pensar nesse acompanhamento. O policial, quando vai atender uma ocorrência, acaba sendo de tudo um pouco: médico, psicólogo e até sacerdote. Porém, nada mais justo que a unidade tenha uma equipe especializada”.

Iduigues Martins (PT) foi mais um vereador a defender a Moção 65/2022. “Todos os dias observamos cenas horríveis nos telejornais contra as mulheres: de agressões a homicídios. Por isso, o combate à violência contra mulheres deveria fazer parte do planejamento municipal. Eu criei o Dossiê da Mulher mogiana para que pudéssemos direcionar as políticas públicas com maior eficiência”.

O documento legislativo mogiano aprovado nesta tarde será encaminhado ao governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, ao Secretário Estadual de Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, ao prefeito de Mogi, Caio Cunha (Pode), à delegada da DDM de Mogi, Luciana Amat, e ao deputado estadual Rodrigo Gambale (Podemos).