Em meio ao calor e às chuvas intensas, Mogi das Cruzes está mobilizando a população para reforçar os cuidados e prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor da dengue, chikungunya e zika. A cidade enfrenta um cenário propício para infestações, exigindo ações coletivas e individuais para conter a disseminação dessas doenças.
As autoridades locais têm enfatizado a importância de medidas preventivas, como a remoção de pratos de plantas, a manutenção adequada de piscinas e a vedação hermética de caixas d'água, além da eliminação de qualquer recipiente que possa acumular água parada. Essas orientações são reforçadas durante visitas e inspeções domiciliares realizadas pelas equipes de saúde.
A preocupação ganha maior relevância diante dos números alarmantes: somente nas primeiras três semanas de janeiro, Mogi das Cruzes contabilizou 21 casos positivos de dengue em diferentes bairros, representando aproximadamente um terço do total registrado durante todo o ano anterior, que totalizou 65 ocorrências.
A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do Aedes aegypti, mosquito amplamente presente na cidade. Além da dengue, o mesmo mosquito é responsável pela transmissão de outras enfermidades graves, como chikungunya e zika, adaptando-se a qualquer ambiente que favoreça o acúmulo de água parada.
De acordo com as vistorias realizadas pela equipe técnica, os recipientes móveis, como plásticos e pneus, representam o principal foco de proliferação do mosquito, sendo fundamental a conscientização e ação proativa por parte dos moradores.
Para combater a situação, o Núcleo de Prevenção e Controle de Arboviroses tem intensificado suas atividades, concentrando esforços na Vila Nova União. As ações incluem visitas casa a casa e treinamento dos agentes comunitários de saúde e demais profissionais da unidade do Programa Saúde da Família, visando o manejo clínico e a identificação de focos de risco.
O trabalho se estenderá para outros bairros onde já foram registrados casos de dengue neste ano, como Vila Oliveira, Jardim Cambuci, Vila Suíssa, Alto Ipiranga, Jardim Nove de Julho, Centro, Parque Morumbi, Vila Nova Aparecida, Jundiapeba, Vila Cintra e Taboão.
A Avaliação de Densidade Larvária (ADL) não apenas identificará as áreas com maior concentração de larvas do Aedes aegypti, mas também fornecerá dados cruciais para a elaboração de planos de ação mais eficazes. Com base nos resultados, serão implementadas medidas direcionadas, como campanhas de conscientização intensificadas, distribuição de materiais educativos e mobilização comunitária para eliminação de criadouros do mosquito.
Durante as visitas, as equipes coletam amostras em imóveis selecionados aleatoriamente em todas as regiões da cidade, contando com o apoio fundamental da população para recebê-las e cooperar com os técnicos. É essencial ressaltar que as equipes estão devidamente uniformizadas e identificadas por crachá, garantindo a segurança e a transparência do processo.