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Apesar de ter anunciado uma tarifa de importação de 50% sobre produtos brasileiros, o governo dos Estados Unidos decidiu isentar diversos itens estratégicos da cobrança. A lista de exceções foi divulgada nesta quarta-feira (30), junto ao decreto assinado pelo presidente Donald Trump.

Segundo o texto oficial, continuam livres da tarifa extra produtos como suco de laranja, veículos, peças de avião, madeira tropical, alguns tipos de metais e fertilizantes. A medida entra em vigor sete dias após a publicação e, mesmo com o impacto esperado nas exportações, as isenções representam um alívio para importantes setores da economia brasileira.

Estão isentos produtos enviados como doações de alimentos, roupas e medicamentos para ajuda humanitária, além de materiais informativos como publicações, obras de arte, CDs e materiais jornalísticos. Também ficam de fora da cobrança os bens em trânsito que tenham sido embarcados antes da entrada em vigor da tarifa, desde que cheguem aos EUA até o dia 5 de outubro, e os itens transportados por passageiros em bagagens pessoais.

A nova tarifa não será aplicada ainda a produtos retornados ao Brasil para conserto ou modificação, com exceções específicas. Setores de energia também foram poupados, incluindo carvão, gás natural, petróleo, querosene, lubrificantes, eletricidade e derivados. No setor agrícola e florestal, permanecem isentos o suco e a polpa de laranja, castanha-do-brasil, madeira tropical, celulose e sisal. Diversos tipos de fertilizantes também foram preservados.

Aeronaves civis, motores, peças, sistemas de navegação e simuladores de voo estão entre os itens liberados, assim como certos tipos de produtos industriais feitos de ferro, aço, alumínio e cobre. Veículos como carros de passeio, SUVs, vans, caminhões leves e suas autopeças completam a lista de exceções.

Essas isenções constam no anexo da ordem executiva e passam a valer assim que a nova tarifa entra em vigor. A exclusão de produtos ligados aos setores agrícola, energético, industrial e aeronáutico pode amenizar parte dos impactos econômicos e preservar relações comerciais estratégicas entre os dois países.

A Associação de Produtores Rurais do Distrito de Jundiapeba (APROJUR), em Mogi das Cruzes, deu um passo importante rumo à formalização como sede da Cadeia Produtiva Local (CPL) da Agricultura Familiar no Estado de São Paulo. O reconhecimento integra o Programa SP Produz, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico estadual, que busca fomentar a produção agrícola em diferentes regiões do estado.

A conquista representa um marco para o setor agrícola do Alto Tietê, com potencial para ampliar mercados e fortalecer a comercialização de alimentos oriundos da agricultura familiar. Segundo a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), a medida também contribui para a organização rural e para o aumento da renda de pequenos(as) produtores(as).

A mobilização pela formalização como CPL teve início em 2023, com apoio de instituições públicas e privadas, como a CATI, o SEBRAE e a Prefeitura de Mogi das Cruzes, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura. Entre os focos da iniciativa estão a qualificação técnica dos produtores, o mapeamento das famílias envolvidas e a implementação de práticas sustentáveis.

De acordo com a CATI, produtores do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDS) Assentamento Santo Ângelo também vêm sendo beneficiados com ações que visam fortalecer a organização rural e incentivar a produção local.

A APROJUR estima que mais de 150 famílias estejam diretamente envolvidas com as ações. Para o presidente da associação, Júlio Cezar Brésciani, o avanço representa o fortalecimento da agricultura como principal atividade econômica da região. “A CPL agora se torna uma realidade próxima e trará ainda mais força para a nossa agricultura local”, afirmou.

Com a formalização, a associação poderá ampliar sua atuação, acessar novos mercados e contribuir para o reconhecimento do Alto Tietê como um dos principais cinturões verdes do Estado de São Paulo.