Guararema

Disparo do preço da carne reflete nos estabelecimentos em Guararema

Redação

Publicado

há 4 anos

em

Disparo do preço da carne reflete nos estabelecimentos em Guararema

Carolina Barone

Os Os amantes de carne já devem estar sentindo no bolso o aumento no preço da carne, que deve manter alta até o início de 2020. Entre os motivos, há fatores relativos ao mercado externo e ao interno. Os estabelecimentos de Guararema têm sentindo o aumento no valor do produto em até 35%. O Novo conversou com alguns comerciantes da região e a principal dica é estocar os produtos que a população deseja consumir até o final do ano. 
O aumento das exportações para a China foi atingida por causa da peste africana, doença hemorrágica contagiosa provocada por um vírus que só atinge porcos. Entre 2018 e 2019, a China aumentou em 54% a importação de carne bovina, em 40%, de suína, e em 48%, de frango. 
O açougue do supermercado do Georges Antônio Jreige Neto funciona normalmente, mas o preço dos produtos deu uma disparada, de 20% em até 30%, tanto as carnes bovinas, suínas quanto as aves, apenas os peixes não aumentaram o valor. 
"A venda dos suínos e das aves é de acordo com a demanda, já que acabou a venda da bovina, as pessoas partem para as carnes similares. Durante essa semana veio reajuste para gente, as aves também sofrem o aumento", disse. 
Georges afirmou que a tendência é essa até o final do ano e que não há perspectiva de abaixar os valores. E ressaltou a importância dá população estocar alguns produtos para custo benefício. "As pessoas vão migrar para outras misturas como linguiça, salsicha e com certeza vai aumentar também o valor dos embutidos. Para o final do ano, se a pessoa quiser estocar é o mais indicado", finalizou. 
O Irineu Monteiro que também tem um supermercado na região disse que o seu estabelecimento está funcionando normalmente tirando que as carnes subiram em média de 30% a 35%.
Eliseu Nogueira Firvêda, responsável por um restaurante em Guararema, citou que o aumento do boi gordo já vinha subindo e que normalmente no final do ano realmente acontece esse reajuste por causa do aumento do consumo dos produtos. 
Eliseu ressaltou que em setembro a arroba do boi em São Paulo estava em R$ 152/@, hoje o "boi casado", que é o boi inteiro que vai para os frigoríficos está saindo por 230/@. Uma arroba equivale a 15 quilos, 230/@ já chega a R$ 15/kg hoje para vender para o frigorífico. O frigorífico necessita manipular a carne para revender, uma carne básica já chega no ponto de venda por R$ 23, 24.
"Eu aumento os preços do cardápio no fim do ano porque a carne aumenta o valor e também tem o décimo terceiro, fundo de garantia, que dá aquele impacto no preço dos pratos. No mês de novembro vem aumento do salário dos funcionários da cozinha também. Geralmente eu subo para 5%, mas com esse reajuste na carne eu vou tentar subir um pouco mais o valor, não sei se vou conseguir manter a mesma porcentagem", contou. 
O Brasil já importou 318.918 toneladas de carne bovina, 184.393 toneladas de carne suína, 448.833 toneladas de carne de frango, em transações que totalizaram mais de U$ 3 bilhões, segundo estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat).