CSI de Guararema completa 9 anos e se consolida como referência em segurança pública

Mogi das Cruzes deu um passo decisivo rumo à universalização do saneamento básico. A prefeita Mara Bertaiolli participou, nesta terça-feira (24), de uma audiência com a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, em São Paulo, para tratar do convênio que garantirá um investimento de R$ 260 milhões na cidade. O acordo, já aprovado pela Câmara Municipal, está prestes a ser assinado pelo Governo do Estado, o que permitirá o início do processo licitatório.

Atualmente, cerca de 50% do esgoto da cidade é lançado sem tratamento no rio Tietê. Para a prefeita, esse cenário é inaceitável. “Somos a primeira cidade da região a poluir o rio. Mas isso vai mudar. Estamos buscando, com seriedade e eficiência, transformar Mogi em um Município Verde Azul, com saúde, sustentabilidade e respeito ao meio ambiente”, afirmou Mara, que participou da reunião ao lado do secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, João Francisco Chavedar, e do diretor-geral do Semae, José Luiz Furtado.

Os recursos são fruto do diálogo retomado entre a Prefeitura e o Governo do Estado, iniciado ainda no período de transição da atual gestão. Em fevereiro, Natália Resende já havia visitado Mogi, acompanhada do secretário estadual de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, e da presidente da SP Águas, Camila Viana.

O projeto de lei que autoriza o convênio com a SP Águas foi aprovado pela Câmara em maio. O investimento será 100% estadual — R$ 209 milhões financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e R$ 51 milhões provenientes do Tesouro do Estado. Trata-se do maior investimento em saneamento da história do município.

“A coleta e o tratamento de esgoto levam saúde e dignidade para as pessoas. Todos os bairros serão atendidos. Vamos deixar de ser uma cidade que polui o Tietê para sermos exemplo de sustentabilidade”, disse a prefeita.

A execução das obras ficará a cargo da SP Águas, sem custos para o município. O convênio terá duração inicial de quatro anos, podendo ser prorrogado. Estão previstas a implantação de redes coletoras e de coletores-tronco nas bacias dos rios Jundiaí, Oropó, Ipiranga e Negro. O esgoto será tratado na Estação de Tratamento de Suzano, em parceria com o Semae.

Com 51 votos favoráveis e 14 contrários, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou, nesta terça-feira (24), o Projeto de Lei 482/2025, que institui o Programa Superação da Pobreza. A proposta, elaborada pelo Governo Estadual, busca oferecer auxílio financeiro e capacitação profissional para famílias paulistas em situação de vulnerabilidade social. O texto segue agora para sanção do governador.

A iniciativa será coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social e prevê um investimento inicial de R$ 500 milhões, que será distribuído entre cofinanciamento municipal, transferência direta de renda e gestão operacional. O programa integra 29 políticas públicas e pretende romper ciclos de pobreza por meio de dois eixos: proteção social e superação da pobreza.

No eixo de proteção social, famílias com maiores dificuldades de inserção no mercado de trabalho poderão receber um auxílio mensal de R$ 150,33 por pessoa. Já no eixo de superação da pobreza, o foco estará na capacitação profissional e geração de renda para famílias com maior potencial de inserção no mercado formal.

Cada núcleo familiar incluído no programa terá um plano de desenvolvimento individualizado, elaborado por agentes públicos com base nas vulnerabilidades e potencialidades identificadas. Esses planos incluirão metas de qualificação, incentivo à inclusão produtiva e bônus financeiros para famílias que cumprirem os objetivos. Segundo o relator do projeto, deputado Danilo Campetti (Republicanos), cada agente público acompanhará até 20 famílias, garantindo apoio constante e personalizado.

Apesar da aprovação, o projeto enfrentou resistência da oposição. Parlamentares criticaram a falta de detalhamento da proposta, especialmente quanto ao financiamento de longo prazo e aos critérios de seleção dos beneficiários. A deputada Monica Seixas (Psol) destacou a ausência de um plano estruturado que contemple o público-alvo com a devida seriedade: “Assistência social é uma política séria que precisa de metas e definição clara de beneficiários. A população vulnerável merece dignidade”.

Agora, a expectativa é que a sanção do governador oficialize a criação do programa, que deverá ser implementado gradualmente nos municípios paulistas a partir do segundo semestre deste ano.

Nesta quarta-feira (25), os moradores de Mogi das Cruzes enfrentaram a madrugada mais fria do ano. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), os termômetros marcaram 3 °C nas primeiras horas da manhã, sob alerta de geada válido até as 9h, revelando o impacto da forte massa de ar polar que avança pelo Sudeste vindo da Argentina.. A previsão para o restante do dia aponta máxima de 18 °C, com sol e névoa predominando nas primeiras horas.

Em Guararema, o frio foi ainda mais intenso. A cidade amanheceu com 1 °C e céu claro, sendo um dos registros mais baixos da região nesta temporada. A previsão para o dia é de aquecimento gradual, com máxima prevista de 20 °C à tarde, mantendo o tempo seco e estável. Assim como em Mogi, Guararema também está sob alerta de geada e frio intenso, com temperaturas que chegaram a ficar quase 9 °C abaixo da média.

A queda acentuada nas temperaturas chama a atenção por estar significativamente abaixo da média para esta época do ano. Em junho, Mogi costuma registrar mínimas entre 10 °C e 13 °C. Com a temperatura atual até 7 °C abaixo do esperado, o fenômeno climático afeta tanto a saúde da população quanto a rotina em áreas rurais, com risco leve de perda de plantações sensíveis à geada.

A média regional do Alto Tietê também foi afetada. A estimativa, que tradicionalmente gira em torno de 11 °C nas madrugadas de junho, caiu drasticamente devido à frente fria. A presença da massa de ar seco intensifica a sensação térmica, especialmente nas primeiras horas do dia, o que leva as autoridades a manterem a recomendação de atenção redobrada, principalmente para a população mais vulnerável.