Convidado da Semana

Do empirismo para a ciência

Flávio Roberto da Silva

Publicado

há 1 ano

em

Do empirismo para a ciência

Em toda sociedade organizada, os indicadores de crimes são utilizados como forma de avaliação da atuação dos órgãos de segurança e da qualidade de vida dos cidadãos. No Estado de São Paulo, há pouco mais de duas décadas, estes indicadores passaram a ser informatizados e utilizados como ferramenta de gestão da polícia militar, assim a análise criminal passou a fazer parte do cotidiano dos Oficiais, em especial, no planejamento do policiamento ostensivo.

O uso de viaturas e alocação de efetivos policiais nas ruas deveria estar em consonância com as respostas ao Heptâmetro de Quintiliano, na análise de eventos criminais, ou seja, o quê? Onde? Quando? Por que? Como? Quem? De que modo?

Deste modo, a organização do policiamento deixou de ser realizada de forma empírica e passou a se valer da ciência para a elaboração dos planos de ação. Além disso, as reuniões periódicas de análise criminal nos batalhões se tornaram medidas que ajudaram a explicar porque São Paulo é um case na redução de crimes no país.

Capitão da Polícia Militar do Estado de São Paulo / Mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública