Nos Bastidores

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Ouvimos o presidente eleito Jair Bolsonaro expressar que há 04 anos atrás surgiu o interesse em concorrer às eleições presidências desse ano e com isso ele e seus apoiadores começaram a elaborar uma estratégia de ação e um plano de governo, assim começaram as articulações sobre sua equipe ministerial e fomos conhecendo os nomes de confiança do presidente eleito ao longo desse período e pouco se ouviu sobre desentendimento entre eles, porém a cada nova pesquisa e conforme foi se tornando cada vez mais real a possibilidade de sua eleição foram aparecendo algumas discordâncias entre os homens fortes do governo Jair Bolsonaro.
Hoje já eleito e iniciando as conversas para a transição de governo, dia a dia vemos que a sintonia que se mostrava afinada, não está tão bem quanto soava, agora que o projeto se concretizou e que o poder já está à porta do presidente eleito e sua equipe de conselheiros e homens fortes do futuro governo vemos a sobra do poder tentando falar mais alto e desafinando uma equipe que se mostrava alinhada sobre o braço forte de seu maestro (o presidente eleito).
Já vimos Paulo Guedes (o futuro ministro do SUPER MINISTÉRIO DA ECONOMIA) trocando “farpas” com Onyx Lorenzoni (futuro ministro da Casa Civil), dizendo que político não pode falar de economia e economista não pode falar de política, vimos também que os militares da reserva que estão na base de governo do presidente eleito exigirem pelo menos 50% dos cargos da equipe de transição.
Quando questionado sobre o futuro governo e sua finalidade, o vice General Mourão usou um termo parecido com o jargão usado por Zagalo em 1997 “vocês vão ter que me engolir”, ao falar que equipe ministerial pode ser trocado, já ele não, pois foi eleito junto com o presidente e são como irmãos siameses: não podem ser separados.
Torcemos para que o maestro e sua orquestra não se deixem contaminar pelo cheiro do poder e pela sombra do ego.