Documentário ‘Tietê: Águas Verdadeiras’ prepara registro histórico sobre um dos principais cursos d’água do país

As escolas do programa Escola de Tempo Integral, da Secretaria de Educação de Mogi das Cruzes, estão realizando o evento “ETI de Portas Abertas” ao longo desta semana. A iniciativa, coordenada pelas unidades escolares com o apoio do Departamento Pedagógico (Deped), busca aproximar a comunidade escolar, proporcionando a oportunidade de conhecer os projetos e atividades desenvolvidas pelos estudantes.

Na E.M. Profª Guiomar Pinheiro Franco, localizada no Jardim São Pedro, o evento começou na segunda-feira (18/11) com uma programação especial. “É uma oportunidade de compartilhar com os pais e a comunidade escolar os resultados das oficinas do tempo integral, como as esportivas, culturais e intelectuais”, explicou o diretor Thiago Martins. Ele destacou que essas atividades diversificadas contribuem para o desenvolvimento integral dos alunos, estimulando múltiplas inteligências.

A programação contou com apresentações da Orquestra da Sucata, do coral dos alunos e da banda escolar, parte do projeto “Pequenos Músicos… Primeiros Acordes na Escola”, desenvolvido em parceria com a Associação Orquestra Sinfônica de Mogi das Cruzes. O destaque do dia foi a final do Campeonato de Judô, com a participação de alunos do 2º ao 5º ano.

“Para crescer, é preciso se desafiar e encarar o novo, mesmo que seja difícil. É assim que os alunos se desenvolvem e se tornam fortes”, afirmou Edson Marques de Souza Filho, professor de educação física e Sensei da Associação Namie de Judô. Isabella Ferrari Moreira, de 8 anos, medalhista de bronze no sub-11 do Campeonato Paulista de Judô 2024, emocionou a todos ao compartilhar sua experiência: “O judô me tornou mais confiante e forte. Agradeço muito ao Sensei Edinho, que me ajudou a vencer”.

As famílias elogiaram a iniciativa. Giovani Silva, pai do aluno Daniel Silva, comentou: “É gratificante ver essa união da escola com as famílias e acompanhar o trabalho realizado com nossos filhos”. O evento também trouxe teatro, dança e apresentações de Hip Hop, encerrando a noite com competições de dança, rima e grafite.

Outras escolas participantes, como os Cempres e escolas municipais de diferentes bairros, também estão realizando atividades ao longo da semana. A programação se estende até dezembro, com eventos especiais em diversas unidades, reforçando o compromisso das escolas com a integração e o desenvolvimento dos estudantes.

O cultivo de rosas da família Tsuchida começou nos anos 70, quando perceberam a escassez do produto na região, com incentivo de vizinhos. Inicialmente, com 4 hectares de terra, o negócio prosperou, mas nos anos 2000 a entrada de rosas importadas e a abertura do mercado aumentaram a concorrência. Com a estagnação do mercado de rosas de corte, a matriarca decidiu diversificar e apostar nas orquídeas chuva-de-ouro, um movimento que mudaria a trajetória da produção.

Na época, Oscar Kenji Tsuchida estava no Japão, onde trabalhava em uma indústria automobilística e, depois, em uma empreiteira. Porém, em 2009, diante da crise econômica e das iminentes demissões, ele decidiu retornar ao Brasil. Ao cursar Tecnologia em Agronegócio, adquiriu conhecimentos para profissionalizar a gestão da produção familiar. “Sempre tive interesse pela administração e pelo cultivo, e vi uma grande oportunidade de unir esses conhecimentos para impulsionar o negócio”, explica Oscar.

A virada no negócio aconteceu com a consolidação da produção de orquídeas. A expansão dos pontos de venda, a implementação de acordos com novos produtores de mudas e entregas diretas para floriculturas em diversas regiões trouxeram resultados positivos. “Foi a parte mais tensa e desafiadora, mas também a mais gratificante”, lembra Oscar, destacando a transição para uma produção de grande escala.

Atualmente, a propriedade ocupa 7 hectares, emprega 9 pessoas e diversifica sua produção: além das orquídeas, a família Tsuchida cultiva rosas, girassóis de corte, folhagens e mandioca de mesa. As orquídeas exigem paciência, pois o ciclo de cultivo leva até dois anos para gerar retorno financeiro. “A gestão financeira e o capital de giro são essenciais para garantir que o processo se mantenha sustentável”, diz Oscar.

Para ampliar ainda mais a produção, a família buscou apoio financeiro no Sicredi. “O Sicredi me ofereceu soluções que fizeram toda a diferença, como as máquinas de cartão com taxas reduzidas, seguros e financiamentos para implementos agrícolas e até para o sistema fotovoltaico”, conta Oscar. Com o apoio da cooperativa, a família Tsuchida comercializa cerca de 18 mil vasos de flores por ano, refletindo o sucesso de um negócio bem estruturado.

O Sicredi é considerado por Oscar um parceiro fundamental não só no crescimento do negócio, mas também na transformação da comunidade. “Insisto para que meus amigos e outros produtores se associem. A cooperativa fortalece a economia local e nossa comunidade”, afirma. Como membro da Associação dos Agricultores de Guararema, ele reconhece o papel da cooperativa no apoio ao agronegócio local.

A Prefeitura de Mogi das Cruzes publicou, no último dia 6 de novembro, o Decreto 23.175/2024, que estabelece um novo contingenciamento de despesas para o período de 5 de novembro a 31 de dezembro deste ano. A medida busca equilibrar as finanças do município, que, assim como outras cidades do país, sofreu com uma queda de arrecadação em 2023, impactando o orçamento de 2024.

Esse decreto, já é uma prática recorrente em anos anteriores (2009, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2023), e visa garantir a execução orçamentária de forma sustentável e sem prejudicar a prestação dos serviços essenciais à população. O objetivo principal é assegurar que os recursos disponíveis sejam aplicados de forma priorizada, garantindo o funcionamento contínuo das áreas de saúde, educação e segurança.

O contingenciamento de despesas impõe diversas restrições, incluindo a suspensão da emissão de reservas e empenhos para novas despesas a serem custeadas pelo Tesouro Municipal, com exceção de algumas situações como despesas com pessoal, encargos sociais, serviço da dívida, sentenças judiciais e transferências constitucionais, que são obrigatórias por lei.

Além disso, o pagamento de horas extras aos servidores está suspenso, sendo substituído por um banco de horas que deverá ser compensado com folgas. Outra medida de contenção é a suspensão de novas compras e licitações, a não ser em casos excepcionais, devidamente justificadas e autorizadas. O decreto também impede a participação de servidores em viagens e o pagamento de diárias.

A análise dos contratos também foi afetada, com a possibilidade de supressão de até 25% do valor dos contratos existentes, além de restrições aos reajustes anuais e aditivos que possam gerar aumento de despesas.

Apesar das restrições, as medidas de contingenciamento não impactam os investimentos obrigatórios definidos pela Constituição Federal, como os repasses mínimos de 15% para a saúde e 25% para a educação, nem os compromissos relacionados a convênios com os governos estadual e federal.

Essas medidas de contenção assumem uma importância ainda maior neste momento de transição entre o governo atual e o futuro governo municipal. Com a aproximação do fim do ano e apenas 30 dias úteis para o encerramento das atividades de 2024, o município busca um fim de ano organizado financeiramente, com o objetivo de facilitar o início dos trabalhos pela próxima gestão.

O planejamento financeiro adotado pela Prefeitura visa não apenas a recuperação fiscal, mas também o cumprimento das obrigações legais e a manutenção da qualidade dos serviços prestados à população. A gestão municipal reafirma seu compromisso com a responsabilidade fiscal e o compromisso com o bem-estar da comunidade.