Educomunicando
Educação midiática: uma competência para todas as idades

Vivemos em uma sociedade hiperconectada, onde as mídias digitais moldam comportamentos, opiniões e relações. Desde a infância até a maturidade, somos constantemente expostos a conteúdos que informam, influenciam e, muitas vezes, manipulam. Nesse cenário, a educação midiática torna-se uma competência essencial — não apenas para crianças e jovens, mas para todas as faixas etárias.
Na infância, o contato com telas ocorre cada vez mais cedo. Crianças consomem vídeos, jogos e redes sociais sem discernimento sobre o que é apropriado, verdadeiro ou seguro. A educação midiática, nesse estágio, deve envolver o desenvolvimento do pensamento crítico, da leitura de imagens e da compreensão dos mecanismos de influência. É também papel da escola e da família mediar esse processo, oferecendo ferramentas para que os pequenos aprendam a navegar com segurança e consciência.
Na juventude, o desafio se intensifica. Os jovens são produtores e consumidores ativos de conteúdo, mas nem sempre têm consciência dos impactos de suas interações digitais. Trabalhar a educação midiática nessa fase é promover autonomia, responsabilidade e ética no uso das tecnologias. É preciso discutir temas como privacidade, reputação digital, discurso de ódio e fake news, estimulando o protagonismo juvenil na construção de uma cultura digital mais saudável.
Já na maturidade, muitos adultos enfrentam dificuldades para lidar com a velocidade da informação e com os riscos da desinformação. A educação midiática contínua permite que essa parcela da população se mantenha atualizada, crítica e capaz de participar plenamente da vida social e política. Além disso, contribui para combater o isolamento digital e fortalecer vínculos intergeracionais, promovendo o diálogo entre diferentes gerações sobre o uso consciente das mídias.
Em todas as idades, é preciso aprender a questionar, interpretar e escolher. A educação midiática não é um conteúdo isolado, mas uma prática transversal que deve ser cultivada ao longo da vida. Em tempos de algoritmos, vícios digitais e polarizações, formar cidadãos conscientes, críticos e empáticos é mais urgente do que nunca.