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Entenda as causas que levaram à morte o jogador Juan Manuel Izquierdo

Após passar mal em campo e sofrer parada cardiorrespiratória, o atleta teve morte cerebral associada a uma arritmia cardíaca

Sara Virginia

Publicado

há 2 meses

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Entenda as causas que levaram à morte o jogador Juan Manuel Izquierdo

Reprodução

O jogador uruguaio Juan Manuel Izquierdo, de 27 anos, faleceu na noite desta terça-feira no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após dias internado em estado crítico. A causa da morte foi declarada como “morte encefálica após parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca”. O atleta, que jogava pelo Nacional do Uruguai, passou mal durante uma partida na última quinta-feira, quando foi diagnosticado com uma arritmia – uma alteração no ritmo dos batimentos cardíacos.

Logo após passar mal em campo, Izquierdo foi levado às pressas para o hospital, mas já apresentava uma parada cardiorrespiratória no momento de sua chegada, necessitando de reanimação imediata. Nos dias seguintes, exames revelaram um quadro neurológico crítico, com comprometimento severo do cérebro devido à falta de oxigenação.

A arritmia cardíaca, que consiste em alterações do ritmo do coração, pode se manifestar de diversas formas, variando desde batimentos irregulares até ritmos extremamente rápidos ou lentos. Nos casos mais graves, como o de Izquierdo, essa condição pode levar à parada cardíaca, uma situação em que o coração deixa de bombear sangue para o corpo, afetando primeiramente o cérebro, que é o órgão mais sensível à falta de oxigenação. Segundo especialistas, danos neurológicos podem ocorrer em apenas cinco minutos sem circulação sanguínea adequada.

A taquicardia ou a fibrilação ventricular são tipos comuns de arritmias que podem desencadear uma parada cardíaca. Nessas situações, o coração pode bater a uma frequência inaceitável, às vezes acima de 200 ou até 300 batimentos por minuto, o que compromete a capacidade do músculo cardíaco de contrair e bombear sangue. Isso leva à perda de consciência imediata e, sem intervenção rápida, à morte.

Possíveis causas e histórico médico

Em relação às causas da arritmia, o Secretário Nacional de Esportes do Uruguai, Sebastián Bauzá, revelou que Izquierdo já havia apresentado sinais de arritmia em um eletrocardiograma realizado há 10 anos, quando ele tinha apenas 17 anos. Embora a arritmia fosse leve, essa condição subjacente pode ter evoluído ao longo do tempo.

Entre atletas mais jovens, como Izquierdo, arritmias graves e súbitas geralmente estão associadas a condições genéticas ou hereditárias que podem passar despercebidas até um evento crítico. Para pessoas acima dos 35 anos, obstruções nas artérias por placas de gordura são causas mais comuns de arritmias graves.

No caso de Izquierdo, a parada cardiorrespiratória teria ocorrido enquanto o atleta era transportado para o hospital, destacando a importância de intervenções imediatas, como a ressuscitação cardiopulmonar e o uso de desfibriladores para restabelecer o ritmo cardíaco.

A importância do socorro imediato

O tempo é um fator crucial durante uma parada cardiorrespiratória. Manobras de ressuscitação cardiopulmonar devem ser iniciadas rapidamente para manter o fluxo sanguíneo, até que seja possível utilizar um desfibrilador, aparelho que aplica choques elétricos para restaurar o ritmo do coração. A ausência de socorro imediato reduz drasticamente as chances de sobrevivência, e o risco de sequelas neurológicas permanentes aumenta significativamente após cinco minutos sem oxigenação cerebral adequada.

A morte de Izquierdo ressalta a importância da pronta resposta a emergências médicas durante eventos esportivos, onde cada segundo é valioso para salvar vidas.

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